segunda-feira, 12 de maio de 2014

Candeeiro a petróleo Arte Nova, componentes em vidro



Por uma questão de não maçar o leitor, decidi colocar nesta publicação os componentes em vidro que pertencem ao candeeiro em estudo.
A chaminé, como foi referido na publicação datada de 5 de Maio do corrente ano, pertence à categoria Kosmos 14”. O seu invulgar design não é decorativo, mas essencialmente utilitário na modelação da chama, permitindo uma maior incidência de luz no espaço.



Chaminé melhorada para queimadores Kosmos 14”.



Marca existente na chaminé, que é a seguinte: F. P. Ferro; Olhão; 14´´´. Em Portugal não se sabe, ainda, como se chamavam estas chaminés, mas na França e Alemanha usavam-se os seguintes nomes: Sans Rival ou Phenomen.



O abat-jour que veio com o candeeiro constitui por si só uma peça fenomenal.
Os seis gomos têm na base estilizações de conchas e estão separados entre si, pelo que aparentam ser, cordas estilizadas. Em cada gomo está representado um pássaro, tendo atrás de si ramos e flores estilizados. O abat-jour é totalmente fosco, excepto nesta representação naturalista. O efeito é assombroso e bastante original. A sua presença em qualquer espaço confere uma nota de sofisticação.



Abat-jour retirado do seu suporte. Para esta fotografia colocou-se no seu interior um pano preto, de forma a realçar a representação naturalista.



Abat-jour, três perspectivas. A base tem 8,5cm de diâmetro e 20cm de altura.



Efeito do abat-jour num candeeiro aceso, duas perspectivas. A chama do candeeiro é assim controlada, por causa do seu reflexo no vidro, deixando em evidência a representação naturalista.



Estes componentes em vidro vieram com um candeeiro indubitavelmente de fabrico estrangeiro, como já se referiu, mas a sua proveniência é bastante dúbia.
A chaminé com o abat-jour são de boa qualidade, não há qualquer dúvida respeitante a esse ponto. O seu fabrico pode muito bem ser português, como atestam produtos similares de grande qualidade estilística e técnica contemporânea destes exemplares. A elevada qualidade das fábricas e artesãos portugueses não fica atrás dos estrangeiros, mas é simplesmente relegada para segundo plano por nós mesmos.
Um facto seguro é o seguinte: o design desta chaminé é estrangeiro. O modelo pode ter sido fabricado em Portugal durante os finais do século XIX e início do XX, mas o desaparecimento de várias unidades fabris nas últimas décadas inviabilizam um estudo aprofundado sobre a sua produção. O facto de a chaminé estar marcada por um retalhista português pode, ou não, indicar o seu fabrico em território nacional.
Não obstante a proveniência estes exemplares são únicos por si mesmos, os quais estão neste momento bem guardados.

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