No início
deste ano apareceu no mercado este candieiro
pequenino e que me prendeu a atenção por ser em metal, assim como o queimador,
em tom prateado. Trata-se de um modelo fabricado em França no final do século
XIX e início do XX em metal num tom prateado, possivelmente alpaca, ou em
estanho e produzido em quantidade considerável, visto aparecer esporadicamente
no antiquariato europeu.
O candeeiro
tem forma ovóide e na sua superfície foram gravados dois motivos vegetalistas
simétricos em baixo-relevo. Parte da decoração foi cinzelada à mão para conferir
textura e dinamismo à composição. Este corpo assenta sobre três bases com pés
zoomórficos, dos quais emergem duas superfícies curvas, que encerram um caule
com as suas folhas e flor.
No bocal
está enroscado um queimador Kosmos 8’’’
da alemã Brökelmann, Jäger und Busse
niquelado. O botão do queimador é em resina preta com os caracteres em
baixo-relevo pintados de branco, o que encarecia este modelo aquando da sua
aquisição. O queimador tem certas particularidades invulgares e que são: o
vazamento da galeria é um rasgo na vertical e as presilhas são perfuradas com
um círculo. Os queimadores desta fábrica são mais leves e de qualidade inferior
aos da Wild & Wessel, da Schwintzer & Gräff ou da Schuster & Baer, só para mencionar
as principais.
O candeeiro
é de qualidade mediana e tem um certo encanto decorativo.
Espero que
no futuro venha a ter um quebra-luz amarelo e branco, mas isso fica para uma
outra publicação.
Seguem as
fotografias do candeeiro.
O candeeiro
com a chaminé.
Um dos três pés
zoomórficos do candeeiro.
Os motivos
vegetalistas na superfície decorativa no reservatório ovóide.
O queimador
e a marcação no botão referente à Brökelmann,
Jäger und Busse.
