Os
suportes metálicos para abat-jour em
tecido ou papel surgiram por volta de 1890 para os candeeiros.
Este
tipo de suporte subdivide-se nas seguintes categorias:
-
suporte para abat-jour leve;
- suporte
para abat-jour pesado;
-
suporte para abat-jour em cartão.
Os da
primeira categoria geralmente apoiam-se num pequeno suporte em latão, que por
sua vez se prende na chaminé. O efeito de suspensão no ar é assim sugerido.
Na segunda
categoria temos variadas formas, algumas bastante complexas, para vários tipos
de candeeiros. O suporte metálico é totalmente diferente do anterior e
geralmente prende-se numa galeria.
Os abat-jours em papel geralmente afixam-se
num suporte metálico específico, o qual se prende na chaminé. O efeito de cone
é assim sugerido, além de também dar a percepção de ficar suspenso no ar.
Os
tecidos são moldados em suporte de arame, com variadas formas consoante o
efeito que se queria dar.
O uso da
seda foi predominante neste período, conjugada com delicadas rendas,
passamanarias, missangas, fitas, laços, flores e ramos artificiais, entre
outros artigos para decoração.
A
proveniência da seda era de origem italiana (Florença), chinesa, japonesa e
francesa.
Foram
também usados outros tecidos, nomeadamente o chiffon, o tule e vários tipos de renda conforme a proveniência
(espanhola, italiana e francesa).
Nos
catálogos surgem vários tipos de abat-jours.
Uns eram plissados, outros lisos ou estampados, enfim uma variedade infinita
conforme o gosto e a ambiência que se queria dar.
Os abat-jours em cartão eram recortados de
folhas especificamente impressas com variados motivos. Podiam ser lisos ou
canelados, conforme o tipo de candeeiro e a decoração pretendida.
Tela a
óleo do pintor espanhol José Jiménez Aranda (1837 – 1903), com o título de Retrato de Mujer.
O abat-jour é formado por hastes, das
quais pende o tecido, com folhos no topo. O efeito delicado é elegante.
Outra
tela do mesmo pintor, com o título: Buenas
noches.
O tecido
plissado sustém flores e no topo há folhos.
Ilustrações
do pintor José Jiménez Aranda retiradas do seguinte link:
Parte de
um catálogo francês, sem data, com candeeiros a óleo vegetal. À esquerda
encontramos o abat-jour em renda,
circundado com uma fita, disponível nas seguintes cores: azul; rosa; amarelo e vermelho
cardinal.
Ilustração
retirada do seguinte link:
Candeeiro
a petróleo com abat-jour plissado.
Este postal foi produzido durante a Primeira Guerra Mundial.
Ilustração
retirada do Ebay.
Candeeiro
a petróleo existente no acervo do Palácio da Ajuda, Lisboa (duas perspectivas).
Neste abat-jour, raro sobrevivente,
vemos a delicadeza dos tecidos e o uso de diferentes materiais na sua
elaboração.
Ilustração
retirada de:
Abat-jour de grande dimensão num candeeiro a
petróleo. O reservatório parece ser da famosa Baccarat, em cujos catálogos surgem candeeiros, chaminés,
reservatórios e outros acessórios.
Ilustração
retirada do seguinte link:
Guéridon em bronze, queimador Duplex da Hinks e abat-jour de
seda. Estes candeeiros quase sempre tinham quebra-luzes em ricos tecidos.
Imagem retirada da internet e que já não se encontra disponível.
L`argenterie, tela do pintor francês Marcel Rieder
(1862 – 1942), sem data. Duas senhoras limpam e puxam o brilho a objectos de
uso quotidiano em prata. O abat-jour,
aparentemente em cartão, é escuro por fora e o interior é claro, reflectindo
assim a luz.
Ilustração
retirada do seguinte link:
Nas
próximas publicações iremos abordar especificamente cada tipo de suporte.
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