O candeeiro
que vos trago foi adquirido há dias em Lisboa e desde logo me cativou pelos
motivos e pelo revestimento.
Trata-se de
um candeeiro alemão, de manufatura
desconhecida, em zinco e com o revestimento exterior de cobre quase intacto. Gradualmente
com o tempo este desaparece e fica a cor acinzentada do zinco, todavia há peças
que o conseguem manter por mais tempo. Tenho debatido este assunto com vários
colecionadores e não há uma explicação, contudo parece variar de fabricante e há
peças com maior percentagem de metal acobreado que outras.
O
candeeiro é datável de 1890 a 1914 e é ao gosto rococó alemão. Tem uma base
redonda com motivos vegetalistas, uma trama quadrada em segundo plano e
rocagem. O dinamismo destes motivos ascende elegantemente para a base lisa onde
assenta a taça.
A taça
tem duas faces e cada uma com uma moldura assimétrica de motivos vegetalistas.
Numa das faces tem um veado e na oposta um javali, remetendo-nos para a caça, a
floresta e a Natureza. Entre estas há dois veados que parecem sair de entre a
vegetação, com folhagens nas hastes e as patas dianteiras sobre o pelo do
peito. O rebordo da taça tem rocagem e uma superfície lisa onde assenta o
reservatório amovível. Este tem quatro superfícies arredondadas e de onde
partem outras curvilíneas. O reservatório é o original e é em vidro prensado. O
queimador é o Matador 20’’’ da
manufatura berlinense Ehrich & Graetz
e está em bom estado. Coloquei uma galeria que retirei de outro queimador
danificado, um Duplex da britânica Young's, e coloquei para poder ser usado
com quebra-luzes de vidro.
O
candeeiro e o queimador foram todos polidos e não careceram de um restauro mais
aprofundado.
Seguem
as fotografias do candeeiro.
O candeeiro
com o globo, as duas faces e uma das laterais.
A base
do candeeiro.
A face
com o veado.
A face
com o javali.
Um dos
veados laterais.
O candeeiro
com o reservatório separado.
A galeria
para quebra-luzes no queimador.
O queimador
Matador 20’’’ da Ehrich & Graetz.
A tampa
do reservatório.
Sem comentários:
Enviar um comentário