Na longa
história dos candeeiros houve um período, sensivelmente a partir de 1890, em
que apareceram no mercado os denominados Babylampen,
em alemão, e é assim que nos vamos referir nesta publicação. Apareceram pela
primeira vez no final da década de 80 do século XIX nos países anglo-saxónicos
e tiveram grande sucesso sobretudo junto do público feminino. Foram fabricados
na Alemanha, França, Áustria, entre outros países.
Em Portugal
temos encontrado documentação de época e são referidos simplesmente como candieiros pequeninos para petróleo com
abat-jour de seda. Em Itália encontramos um recibo e era designado como lampada di signora. Na língua inglesa
são designados como baby lamp e na francesa
lampe de boudoir ou lampe bijoux.
Nas
fotografias e pinturas aparecem nas salas de estar, nos gabinetes ou nos
quartos de cama. São exemplificativos da Belle
Époque e desaparecem após a Primeira Grande Guerra, dando lugar a outro
tipo de candeeiros.
São
candeeiros de pequena dimensão e para serem usados com abat-jours de tecido ou papel. O queimador é geralmente o Kosmos, no tamanho 6 ou 8.
Apareceram
no mercado em variados materiais.
Foram
utilizados os metais, como o latão, o bronze, o zinco e a prata, entre outros. A
porcelana e a faiança também foram utilizadas, para servirem de reservatório ou
corpo exterior. O vidro e outros materiais também foram amplamente empregues.
São
candeeiros para mesa-de-cabeceira, para escritório, para mesa, para qualquer
ponto que necessite de ser alumiado. São um pequeno ponto de luz e cor num
determinado enquadramento. Conferindo um tom quente e aconchegante.
O Babylampe que vos apresento é em cobre.
Está marcado
com as letras E D e com uma ave que tem o bico numa jarra. Na parte inferior tem,
em baixos-relevos, a palavra Paris. Não
sabemos se é efetivamente a sede da manufatura ou a loja na capital francesa. Inquirimos
amigos colecionadores e não obtivemos resultados. No decurso da minha
investigação dos candeeiros da Casa Real portuguesa tomei conhecimento
casualmente de dois réchauds. Estas
duas peças são em metal cromado, com dois pratos em faiança, e ambos ostentam a
mesma marca que o meu candeeiro.
O candeeiro
tem estilizações ao gosto oriental. No bojo superior tem, o que aparenta serem,
três faces. Tem vários baixos-relevos e em determinados espaços a superfície
foi martelada. As estilizações são ao gosto oriental. O uso contrastante do
cobre e do latão é característico do final do século XIX.
Tem um
queimador Kosmos, tamanho 8, da manufatura
berlinense Wild & Wessel em
latão.
O suporte
para o abat-jour já o tínhamos quando
adquirimos o candeeiro. É da Gérard Mang e já foi apresentado aqui na publicação
datada de 20 de Dezembro de 2014.
O abat-jour de seda foi uma ideia que nos
prendeu de imediato. O azul foi a cor escolhida para ser a predominante. As
restantes são o azul claro e o branco. Ainda não terminamos de o fazer e
esperamos que possa ser apresentado aqui brevemente.
O
candeeiro, três perspetivas.
O
queimador Kosmos, tamanho 8, da Wild & Wessel, duas perspetivas.
A marca
na base do candeeiro.
O
candeeiro com o abat-jour, os
primeiros ensaios, três perspetivas.
Sem comentários:
Enviar um comentário