A ideia
de um candeeiro a petróleo, para a maioria dos portugueses, são os de vidro
moldado, que caracterizaram durante décadas o interior do espaço doméstico. A variedade
de motivos, cores e tamanho é abundante, o que faz deles ainda um sucesso
comercial. O uso destes candeeiros não desvaneceu, talvez devido à simplicidade
de manuseamento, além de serem um recurso quando há falta de luz elétrica. No
mercado encontramos candeeiros de maior complexidade, tanto a nível dos
materiais de fabrico como na forma como são decorados. Consoante o ambiente que
pretendem enriquecer assim vai variando a sua qualidade e design.
Na
imagem estão sete candeeiros, que são da esquerda para a direita:
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vidro moldado, fabrico português, queimador em latão para torcida pequena;
-
vidro moldado, fabrico português, queimador em latão para torcida pequena;
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vidro opaline azul com motivos florais, fabrico português?, queimador Kosmos 6” Nacional Porto;
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vidro moldado, fabrico português, queimador em latão para torcida grande;
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latão, fabrico francês, marca Tito Landi,
queimador em latão e ferro com camisa;
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vidro moldado, fabrico português, queimador em latão para torcida grande;
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vidro moldado, fabrico português, queimador em latão para torcida pequena.
Nestes
candeeiros o reservatório faz parte do corpo principal, no qual encaixam ou se
enroscam os queimadores. Os reservatórios para o petróleo podem ser feitos em
diversos materiais, tais como vidro ou latão, e devem de estar limpos e livres
de fissuras.
Nesta
imagem temos outro tipo de candeeiros a petróleo, sofisticados e adequados a um
certo ambiente, que são, novamente da esquerda para a direita:
- o
mesmo candeeiro em vidro opaline já mencionado anteriormente;
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candeeiro em bronze dourado e cinzelado, fabrico desconhecido (1870 a 1900),
queimador inglês em banho de prata e reservatório em latão;
-
candeeiro em liga de estanho e antimónio, fabrico alemão (1870 a 1900),
queimador em latão e reservatório em vidro;
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candeeiro em liga de estanho e antimónio, alabastro, ferro e latão, fabrico
alemão (1895 a 1910), queimador em latão e reservatório em vidro;
-
candeeiro em ferro, vidro e latão, fabrico americano (1880 a 1900), antes de
ser restaurado.
Os
dois candeeiros do lado direito, devido ao seu corpo principal ser composto por
peças de vários materiais, têm um parafuso interno em ferro que liga a base ao
reservatório. Este parafuso tem como função unir e estabilizar as várias peças.
Por sua vez o reservatório tem na base uma bola de vidro, que é colada com
gesso a uma peça em latão. É nesta peça que se enrosca o parafuso.
Queimador
da Evered & C.º, duplex burner,
duas perspectivas, pertencente ao candeeiro de bronze dourado e cinzelado.
Candeeiro
alemão em liga de estanho e antimónio, duas perspetivas. O reservatório neste
tipo de candeeiros encaixa dentro do corpo principal, ficando camuflado. A
grande maioria destes reservatórios é em vidro moldado, há, no entanto exemplares
em metal.
Nesta imagem
temos um grandioso candeeiro opaline americano, fabricado pela Consolidated Lamp Glass and Company, com
componentes metálicos da Pittsburgh Lamp
& Brass C.º, datado de 1900. O candeeiro tem várias peças em falta; uma
galeria para apoio do globo, um espalhador específico, a chaminé própria e
globo.
O mesmo
candeeiro desmontado e os diferentes materiais com que foi fabricado, que são:
vidro, latão, cobre e ferro.
Na aquisição
de um candeeiro antigo a petróleo devemos ter em atenção, entre vários aspectos,
se o queimador se encontra completo e em bom estado. A internet é um belíssimo
motor de busca com informação, bastante completa, sobre os diferentes
fabricantes.
A função
de um candeeiro a petróleo é a de dar luz, por isso é absolutamente necessário
manter o queimador limpo. A primeira intervenção a fazer no queimador é remover
os restos de gordura. Uma boa limpeza e polimento fazem com que a chama tenha
maior luminosidade. No entanto há pessoas que acreditam que isso tira o valor
ao candeeiro, mas na época em que estes candeeiros eram usados, havia o costume
de os polir e manter limpos. Não é esse ponto que os desvaloriza, mas sim os atos
criminosos perpetrados em alguns exemplares ao longo do século XX, nomeadamente
a eletrificação.
Para
remover a gordura, podemos utilizar um dos diversos produtos anti gordura
disponíveis no mercado. Devemos deixar de molho nesse produto o queimador, até
remover toda a gordura. De seguida deve-mos usar um produto anti calcário (para
limpeza de casa de banho por exemplo) e retirar o mais possível da oxidação. Deixamos
secar e por fim polimos.
Nesta imagem
temos um lote variado de queimadores, alguns danificados mas na sua grande
maioria funcionais.
Neste lote
surgiram dois magníficos queimadores Agni 20”, da manufactura alemã Wild & Wessel de Berlim. Com estes
dois queimadores conseguiu-se completar e recuperar totalmente um terceiro. O queimador
do lado direito estava cheio de oxidação, o que para muitos era apenas sucata,
mas foi cuidadosamente recuperado.
O queimador
Agni 20” recuperado, após ter sido removida a oxidação, entretanto conseguiu-se
um espalhador original (o que foi fotografado perdeu o chapéu) e presentemente
encontra-se num candeeiro em recuperação.
Os malefícios
da eletrificação são absurdos, surgem no mercado português magníficos
exemplares completamente danificados e desvalorizados, mas são vendidos a
preços exorbitantes. Um candeeiro a petróleo é, como o nome indica, para ser usado
no seu estado original.
Nos anos
setenta do século XX este queimador Kosmos 14” da firma Brökelmann, Jäger und Busse foi eletrificado, o que levou à sua
destruição parcial e irremediável.
Outro queimador
Kosmos 14”, desta vez da Hugo Schneider,
igualmente danificado.
Neste queimador
alemão (três perspetivas) Matador 20”, da firma Ehrich & Graetz de Berlim, a remoção do suporte para o
espalhador e a destruição do tubo central, levaram à sua inutilização. Os componentes
elétricos foram removidos para esta demonstração.
A cada novo post mais deliciado eu fico com os candeeiros
ResponderEliminarMto obrigado pela partilha
Estou a cultivar o vicio dos candeeiros a petróleo, a luz do meu tempo.
ResponderEliminarEstou a adorar coleccionar diversos modelos.
Começo a seleccionar, porque é um vício caro.
A informação que acabei de ler vai-me ser muito útil no amanhã.<
Bem haja pela informação.
Boa noite
EliminarObrigado e espero que aumente a sua colecção, cá estaremos, espero eu.
cumprimentos
António
tenho mais de 60 unidades, adquiridos em portugal, frança, belgica e holanda
ResponderEliminarBom dia
ResponderEliminarGostava de adquirir um queimador (CABEÇA) que comporta a torcida e suporta a chaminé
será que alguém tem conhecimentos em Lisboa Portugal de peças usadas ou novas para
candeeiros a petróleo Ingleses alemães Portugueses
Grato pela vossa atenção
Belmiro Ferreira