Os Astral Lamps surgiram por volta do ano
de 1802 e foram aperfeiçoados pelo inventor suíço François Pierre Ami Argand,
já referido anteriormente. Este tipo de iluminação surgiu em candeeiros de
mesa, tecto e parede. O nome pelo qual foram designados remete para as estrelas.
Anos mais tarde um inglês, chamado Philipps e residente em Paris, introduz
várias inovações ao queimador e altera o nome para Sinumbra, que significa sem sombras.
Este tipo
de candeeiros tem como combustível gorduras animais ou vegetais.
O design peculiar faz com que se destaquem
dos demais candeeiros. O combustível é inserido num anel, em volta do
queimador, onde assenta a chaminé e abat-jour.
Candeeiro
do tipo Astral/Sinumbra provavelmente
datado de 1830 e de fabrico berlinense (duas perspectivas).
Este elegantíssimo
exemplar pertence à colecção de Lothar Spaniol e tinha sido electrificado. O cuidadoso
restauro que empreendeu é notável.
Ilustrações
retiradas do seguinte link:
No
Palácio Nacional de Mafra há magníficos exemplares deste tipo de candeeiros
numa das salas.
Outro tipo
de candeeiros, com características semelhantes no queimador, surgem por volta
de 1837/1838 em Inglaterra e foram designados por Solar, por causa da luz que emite. Nas anteriores publicações
focamos o par de candeeiros da famosa manufactura americana Cornelius & Company, datados de 1843
e exemplo paradigmático deste tipo de iluminação.
As peculiares
características do queimador, do reservatório e de outros pormenores
destacam-se dos demais tipos de candeeiros.
Candeeiro
da manufacura francesa Levavasseur,
Paris (duas perspectivas). A patente deste candeeiro está datada de 3 de Março
de 1844.
Ilustrações
retiradas do seguinte link:
Neste
magnifico exemplar, pertencente à colecção Lothar Spaniol, encontramos o sistema
do queimador intacto. Este queimador e chaminé tem semelhanças com os
queimadores do par de candeeiros da Cornelius
& Company, anteriormente descritos.
As características
são flagrantes entre si, embora sejam de diferentes fabricantes e origem.
Neste tipo
de candeeiros temos uma característica comum, entre muitas outras, a entrada de
ar para o tubo central debaixo do reservatório. Este pormenor é fundamental
numa correcta identificação.
No
mercado nacional surgem esporadicamente este tipo de candeeiros, mas com várias
alterações posteriores e raramente no seu estado original.
Candeeiro
do tipo Astral/Sinumbra ou Solar alterado para
petróleo com queimador do tipo duplex.
As alterações não ficaram por aqui e o exemplar foi electrificado.
Ilustração
retirada do site da conceituada leiloeira Palácio
do Correio Velho.
Candeeiro
igualmente alterado para petróleo e posteriormente electrificado.
O abat-jour é do género litophanie, em porcelana, e os melhores
fabricantes foram os franceses e alemães.
Ilustração
retirada do site da leiloeira P55.
Par de
candeeiros do tipo Astral/Sinumbra
ou Solar adaptados para petróleo com magnificos queimadores duplex da manufactura inglesa Messengers
(oito perspectivas).
Os reservatórios
são de uma elegância maviosa. Os queimadores são os meus favoritos, entre os
vários modelos desta conceituada firma britânica.
Nestes
exemplares temos as várias evoluções que os diferentes tipos de iluminação
tiveram no decorrer dos séculos.
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