A iluminação
a azeite era comum nas habitações de Lisboa, como temos visto nas publicações
anteriores. Além deste combustível havia o petróleo, o gás e a electricidade.
Sala
de visitas no Palacete Viscondessa de Valmor, na Avenida da República, em 1909.
No primeiro plano temos um bico de gás, com globo e chaminé, e uma lâmpada
eléctrica com tulipa. A coexistência deste tipo de iluminação era comum, visto
a luz eléctrica ser instável e fraca.
A
fotografia é da autoria do fotógrafo Achilles
e foi retirada da revista A Architectura
Portugueza 2º ano n.º 6.
Sala de
jantar do actor Augusto Rosa, em Lisboa, fotografada em 1910. O candeeiro de
tecto era a gás, com globos e abat-jour
de vidro com franjas.
Fotografia
de José Artur Leitão Bárcia retirada do site
de pesquisa da Câmara Municipal de Lisboa.
Sala
de estar do actor Augusto Rosa, na mesma sessão fotográfica. Na mesa, em
primeiro plano, um candeeiro a petróleo com abat-jour
de tecido. O actor está sentado numa cadeira virado de perfil. Do tecto pendem
dois lustres com velas.
Fotografia
de José Artur Leitão Bárcia retirada do site
de pesquisa da Câmara Municipal de Lisboa.
Sala de
jantar, sem data, iluminada por um candeeiro de tecto a gás. O abat-jour é de vidro com franjas de
vidro.
Fotografia
de autor desconhecido retirada do site
de pesquisa da Câmara Municipal de Lisboa.
Farmácia
iluminada por bicos de gás em vaporosas estatuetas femininas. A chaminé tem, na
zona da chama, perfurações no vidro para maior entrada de ar. Estas chaminés
surgem ocasionalmente em candeeiros a petróleo, o que é errado, visto serem
especificamente para este tipo de queimadores.
Na moldura
há um diploma da Exposição de Indústria e Progresso Paris 1911.
Fotografia
de Alberto Carlos Lima retirada do site
de pesquisa da Câmara Municipal de Lisboa.
Atelier do construtor civil e entalhador
Frederico Augusto Ribeiro em 1902. O arquitecto Manuel Joaquim Norte Júnior
encontra-se debruçado, lado esquerdo, sobre o estirador. Os candeeiros a gás
são elegantes e por cima do estirador encontra-se um com dois braços e
respectivos abat-jours em vidro,
assegurando assim uma boa difusão de luz.
Frederico
Augusto Ribeiro realizou diversas obras de marcenaria e talha para o Rei Dom
Carlos, Rainha Dona Maria Pia e personalidades influentes da sociedade
portuguesa.
Ilustração
retirada do seguinte link:
Alfaiataria,
em Lisboa, com candeeiros de tecto a gás e electricidade. Os bicos de gás são Welsbach brenner, conforme foi
identificado por Monsieur Ara Kebapcioglu, grande especialista e comerciante
sediado em Paris.
Fotografia
de Alberto Carlos Lima retirada do site
de pesquisa da Câmara Municipal de Lisboa.
Alfaiataria
iluminada por um candeeiro de tecto eléctrico.
Fotografia
de Alberto Carlos Lima retirada do site
de pesquisa da Câmara Municipal de Lisboa.
Nestas
fotografias comprova-se a variedade que havia na iluminação de Lisboa. As peças
tinham uma função essencial, de dar luz, mas ao mesmo tempo eram peças de design sofisticado e elegantes.
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