Na busca
de um queimador completo Agni 20´´´tive
que adquirir quatro para ter um nas condições originais.
A gama
destes queimadores, extremamente eficientes na emissão de luz e qualidade de
fabrico, dividia-se nos seguintes tamanhos: 14; 16 e 20. São queimadores raros,
mas ainda mais raros se estiverem completos, e sabe-se que eram fabricados pela
grande manufactura alemã Wild &
Wessel de Berlim. Não se sabe a data da patente nem quando se deixaram de
fabricar, mas em 1911 ainda surgem nos catálogos alemães. O seu aperfeiçoamento
parece, ou não, ter vindo de outro queimador, o Kronos. Este tipo de queimadores alcançam uma qualidade fenomenal
de chama e boa incidência de luz. A mesma manufactura foi a primeira a
patentear a gama de queimadores Kosmos,
em 1865, assim como a gama Vulkan, em
1881.
A
indicação das polegadas vem no espalhador e no tubo central, onde é colocada a
torcida. A marca e o nome da gama vem no regulador.
Regulador
devidamente marcado pelas iniciais da firma e nome do queimador.
O
tamanho indicado no topo do espalhador, assim como o nome da gama.
Novamente
o tamanho igualmente indicado no tubo central, junto à torcida e espalhador.
O
primeiro queimador Agni que adquiri,
conjuntamente com outros dois numa feira de rua, estava bastante incompleto,
mas o seu design e potência
seduziu-me logo. Na busca de queimadores surgiu um saco cheio deles, com mais
dois queimadores da mesma gama. Um deles tinha a grelha partida no topo da
entrada de ar para a chama e sem espalhador, mas o segundo tinha um espalhador
sem o chapeuzinho, o qual permite a chama ser moldada. O quarto queimador
surgiu, como se disse, num candeeiro opaline, com o espalhador intacto mas a
grelha exterior danificada e incompleta.
Os
queimadores Agni que foram sendo
adquiridos, o primeiro (à esquerda) até ao mais recente (à direita).
O
passo seguinte foi desmontar as peças dos queimadores.
De
seguida trocar as peças em bom estado, conjugando-as até obter um queimador nas
condições originais, quatro perspectivas.
Os
carretos que prendem a torcida e que por sua vez regulam a intensidade da
chama. A torcida nestes candeeiros deve ter 9.5cm de largura, como a original,
mas no mercado internacional só há com 9cm no máximo, o que não inviabiliza o
seu uso.
Os
carretos devem estar em condições e limpos, para um maior eficiência.
Estes
passos de gigante levaram meses para serem alcançados, mas há ainda um outro
desafio muito pior, o da chaminé correcta, por isso aguarde a próxima
publicação.
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